Friday, November 26, 2010

Um rei no seu reino / A king in his kingdom


A imagem do pacífico camponês sentado à porta de sua casa, desfrutando de um breve descanso ao final de tarde enquanto se faz rodear de idílica paisagem, só poderia sair de um imaginário romanceado, típico de um citadino: É provavelmente o que este faria em semelhante lugar se por lá se encontrasse a passar férias ou um fim-de-semana, porque não consta que a realidade seja assim tão fácil ou doce. Mas o “realismo” é algo que por aqui se distribui em doses quase invisíveis, pois é a imaginação que se pretende celebrar, não importando o quanto seja romanceada, ingénua ou cor-se-rosa... Há alturas em que nos sentimos mais confortáveis num mundo de fantasia feito em papel de aguarela, do que num mundo real cada vez mais feito de papel-moeda.
The image of the peaceful peasant sitting on his entrance, enjoying a brief rest at the end of the day, while surrounded by an idyllic landscape, could only come from a romanticized imagery, typical of a city dweller: That's probably what he would do if spending a holiday or a weekend in a similar place, since the reality may not be for sure as easy or sweet. But "realism" is something that is distributed here in almost invisible doses, since it is imagination we want to celebrate, doesn't matter how romantic, naive or pink it may be... There are times when we feel more comfortable in a fantasy world made of watercolor paper, than in a real world increasingly made of currency paper.
Papel Fabriano Artistico cold pressed 18x12,5cm - 300g/m2 (7"x 5" – 140lb)
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6 comments:

Lefrontier said...

Era o que faltava se até mesmo nas nossass pinturas tínhamos que levar com uma dose de realidade... Já basta a realidade por si, temos direito a uma fugazinha, mesmo que que seja só nos "pequenos lugares"... Pessoalmente "vingo-me da realidade" recusando-me a desenhar automóveis, antenas de televisão, fios eléctricos inestéticos, paredes sujas (a menos que seja uma sujidade "estética") parabólicas, papeis no chão e tudo o que por mim riscaria da realidade se pudesse :) Afinal as nossas pinturas são o nosso pequeno mundo ou não são? :)
(gosto muito do poço...)

Paulo J. Mendes said...

Lido e aprovado :)))

Um abraço!

Julio Rodrigues said...

Mais um detalhe imaginado: o caldo verde ferve no fogão de lenha.

Mais uma dose de realidade: o caldo verde está atrasado meia-hora.

Paulo J. Mendes said...

Vai ficar uma especialidade, com as viçosas couves da horta... O tempo de espera não será em vão :)))

Luís Bonito said...

Apetece passar por lá :-)
Um abraço

Paulo J. Mendes said...

Será certamente bem-vindo :)))
Bom Domingo!