Monday, November 29, 2010

O casarão junto à estação / The mansion near the station


Existem imagens que se instalam de armas e bagagens no imaginário de uma pessoa, e quem se estiver a dar ao trabalho de ler isto decerto terá também a sua “colecção pessoal”. Uma das minhas, já bem implantada na memória, são certos casarões magníficos como este exemplar do qual vemos as traseiras revestidas a chapa ondulada de belo efeito, de um género arquitectónico que imediatamente me remete para lugares tais como Amarante, Chaves ou Vila Real, também elas servidas até tempos recentes por vias férreas como a que se vê passar ao lado, actualmente desactivadas devido a uma política de desenvolvimento que é uma espécie de pesadelo consentido do qual se parece nunca mais acordar. Felizmente que na imaginação os carris ainda brilham, e nas belas casas ainda mora gente.
There are images that install themselves with their luggage in people's imagery, and all those who are bothering to read this will certainly have their "personal collection". On my own, already well established in the memory, are some magnificent mansions like this one, of which we see the back covered with corrugated iron sheet of fine effect, in a kind of architecture that immediately takes me to places such as Amarante, Vila Real or Chaves, all of them also served until recently by railways as we see from the side, currently disabled due to a development policy that is a kind of a consented nightmare from which we never seem to wake up. Fortunately, the rails still shine in the imagination, and people still lives in the fine houses too.
Papel Fabriano Artistico cold pressed 18x12,5cm - 300g/m2 (7"x 5" – 140lb)
Vendido / Sold

11 comments:

Isabel P.Lima said...

Estupenda la acuarela,como siempre.
En mi pueblo tenemos nuestra vieja estación de tren en la que,cada vez,paran menos trenes.También hay algunas casas antiguas que,por suerte,han sido restauradas.
Tengo la idea de hacer un cuadro con ese tema.
Felicitaciones por tu trabajo.
Saludos.

Paulo J. Mendes said...

Gracias, Isabel. En Galicia teneis suerte mismo si cada vez param menos trenes en tu pueblo, porque al menos siguén habiendo trenes, y tanto renfe como feve funcionam estupendamente si comparadas con nuestra vieja y esclerótica CP...
Espero poder ver tu trabajo pronto :)))

Luis Goncalves said...

mais uma bela aguarela ! E esta em particular diz-me muito, na qualidade de "amante" e defensor da coisa ferroviária. Estes casarões sao bem tipicos em muitas linhas regionais, especialmente as que estão acima do Douro......Sao locais de encanto e uma certa magia, e a aguarela expressa bem esta ideia. Gosto muito !
Um abraço,Luis Gonçalves

Paulo J. Mendes said...

Obrigado, Luís. Não consigo dissociar este tipo de arquitectura, tão típico das regiões mencionadas e de outras à sua volta, das nossas bem amadas ferrovias. É mais do que certo que voltarei ao tema mais vezes.
Um abraço!

Lefrontier said...

Curiosa construção, tão diferente do habitual aqui no meu "neck of the woods"... A aguarela do Paulo consegue, como é habitual, transmitir-nos a imagem de um "pequeno lugar" aninhado confortavelmente num cantinho da alma de cada um. Só isso, bastaria para provar o talento do autor...

Paulo J. Mendes said...

Aninhado num cantinho da alma... Acho que definiu muito bem, Eduardo. É assim que estes lugares permanecem no nosso imaginário.

Terry Banderas said...

Paulo----This is absolutely super!!! Love your shadows, the cats and overall subject matter.

Terry Banderas said...

Paulo--This is absolutely super!!!!! Love the shadows, cats and overall subject matter.

Paulo J. Mendes said...

Thank you, Terry. Had a great time painting it and became a personal favorite, too :))

Luís Bonito said...

Também adorei :-)
Mas cuidado com aquela curva nos carris lá ao fundo. E o lugar apesar de lindo também não deve ser sossegado com o comboio a passar logo ali ao lado!
Abraço

Paulo J. Mendes said...

Tão escassa foi sempre a frequência de circulações nestas linhas, que lugares como este nunca viram o seu sossego comprometido pela sua passagem... E o curvilíneo traçado também nunca convidou a grandes velocidades :)))