Thursday, December 11, 2014
Uma ponte, dois desenhos / One bridge, two sketches
Separados cerca de um mês, estes desenhos foram feitos à vista no mesmo local, aproveitando duas raras oportunidades que me surgiram. Quase uma verdadeira dupla estreia: À parte alguns pequenos apontamentos recentes dentro de muros, devo ter feito algo assim menos de meia-dúzia de vezes na vida, as últimas antes destas seguramente há mais de dez anos. Por temperamento, sou mais dado ao recato tépido e solitário de uma mesa de trabalho dentro de portas, de preferência apenas com gatos como espectadores.
Apesar disso, era algo que há muito queria fazer, mesmo tendo sido duas experiências bastante desconfortáveis; Mas tenho o palpite de que é por isso mesmo que se chama a isto “sair da zona de conforto”. Pouco à-vontade, trabalhei com a pressa de um praticante de actos suspeitos, demorando ao todo cerca de quarenta minutos em cada tentativa; À natural insegurança de estreante, juntou-se o cortante frio matinal da segunda vez, os materiais que sendo bons não eram ainda os mais adequados, as posições de trabalho diferentes do habitual e, requinte de perfeito amador, a habilidade pretensiosa de escolher e reincidir num motivo difícil como o raio, achando que seria chegar e vencer...
Considerando o óbvio: Qualquer caminhada começa com um passo - neste caso dois - e só se começa a chegar a algum lado com muitos quilómetros de prática. A verdade é que, passado algum tempo sobre ambas as experiências, concluo que não terão sido assim tão más, caso contrário não estaria com vontade de partir para a terceira, naquele sítio ou noutro qualquer.
With about one month of separation, these two sketches were done on location at the same place, taking advantage of two rare opportunities for so. Almost a true double premiere: Apart some few recent notes within walls, I may have done something similar less than half-dozen times in my life, the last before these surely more than ten years ago. By temperament, I'm more into the lonely snug of a working table indoors, preferably with cats as the only spectators.
Apart from that, this was something I wanted to do for a long time, even if both experiences were quite uncomfortable for me, but I have a hint that it's why these things are called “getting out of the comfort zone”. Feeling uneasy, I worked with the rush of an author of suspicious acts, taking about forty minutes on each attempt. The expectable insecurity of a beginner was joined by the freezing morning cold on the second one, the materials good but not yet the most suitable, the working positions far different from the usual and, as a a perfect amateur refinement, the pretentious ability of choosing a subject difficult as hell, convinced that it would be piece of cake...
Considering the obvious: Any journey starts with a step – two in this case – and you will get somewhere only after many miles of practice. The truth is that after some time on both experiences, I conclude they may have not been as bad, otherwise I wouldn't be looking forward into a third, at the same place or elsewhere.
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