Monday, February 6, 2012

A porta verde - Início / The green door - Beginning


Conforme escrevi no post de 2 de Fevereiro, tenho vindo a fazer uma experiência no sentido de retomar o tipo de aguarelas que pintei entre 2002 e 2006, e achei que seria interessante publicar uma demonstração passo-a-passo da evolução dos trabalhos.
Comecei por vasculhar o lote de fotografias de onde costumava escolher os motivos para pintar, em busca de algo que não fosse demasiado difícil para este recomeço, e decidi-me pela imagem acima, de uma simples porta verde. Trata-se de uma fotografia ainda “de rolo” ou analógica, pois ao tempo não possuía máquina digital. Ainda me resta uma caixa cheia delas, mas creio que no futuro, e sempre que a oportunidade se proporcionar, irei usar fotografias “frescas”.
As written in the post of 2nd February, I've been making an experience in order to resume my watercolor series painted between 2002 and 2006, and thought that it would be interesting to post a step-by-step demo of the work in progress.
I started with a search in a photo pile of that period, from which I used to choose the subjects to paint, looking for something not so difficult for this re-start, and decided myself for the photo above. It's still an old 35mm analogical photo, since I didn't have a digital camera at the time; I still have a box full of these photos but I'm thinking, as far as I have the chance, to use fresh new ones in the future.



Aqui temos tudo o que é necessário para o início dos trabalhos. Não podia ser mais simples: Um bloco de papel Fabriano, um lápis sempre bem afiado, o respectivo afiador, borracha e uma régua para os primeiros traços.
Ao contrário dos meus trabalhos actuais, nos quais o desenho é feito separadamente a partir do esboço e depois transferido para o papel de aguarela num processo que em tempos expliquei, aqui é tudo feito a “olhómetro” e desenhado directamente no dito papel. O papel de aguarela não é especialmente indicado para o desenho, sobretudo neste caso em que muita coisa irá ser riscada, apagada e corrigida, para não mencionar a gordura de que fica impregnado devido ao frequente contacto da mão com a sua superfície, mas eu gosto de trabalhar assim, tal como gosto de tirar proveito dos efeitos aguarelísticos imprevisíveis e interessantes que essa mesma gordura proporciona...
In the second photo, there's all we need for now. Couldn't be simpler: A Fabriano watercolor paper pad, an always well sharpened pencil, its sharpener, an eraser and a ruler for the first lines.
Unlike my current works, in which the drawing is made apart over a sketch and then transferred to the watercolor paper in a process I explained before, everything here is done straight from observation, and drawn directly in such paper. Watercolor paper is not intended to be used for drawing, especially in this case when many lines will be drawn, erased, re-drawn, corrected, not to mention the grease impregnation due to the frequent contact of my hand with the paper surface, but I like to work this way, as well as taking advantage of some unpredictable and interesting watercolor effects provided by that same grease...

2 comments:

Luís Bonito said...

Excelente ideia!
Gostei muito do post.
Um abraço

Paulo J. Mendes said...

Obrigado, Luís.
Um abraço!